4:30 a.m
A sombra do misterioso homem se projeta no chão de azulejos decorados do quarto, ele olha mais uma vez pela fechadura, e, ao garantir descuido máximo por parte de seu alvo, afasta-se em torno de cinquenta centímetros da porta, ajoelha-se, e inicia algo que deduz-se ser uma oração, a qual termina poucos segundos após ter começado, ele levanta-se, ergue seu braço direito na direção da porta, e, derrepente, sem aviso, ela começa a apresentar uma "chama" de cor negra, que recobre toda a mão dele.
A mão envolta nas ditas "chamas", que apontava para o influente capitão, parecia não se incinerar, nem se aquecer com elas, o que tornava toda a ação estranhíssima, e mais ainda quando o incógnito, por detrás da porta, diz:
_ Adeus, capitão shiro!
E durante um único segundo o silêncio imperou sobre toda a cidade, logo depois, o sangue espalhado pelo chão foi motivo para um grito extremamente alto de senhorita que acompanhava o, agora cadáver, capitão. Escuridão...
Um susto! Yahiko senta-se de sopetão em sua cama, fica parado us poucos segundos contemplando o nada.
(pensamento)_ Mas que porcaria de sono foi esse?
Vira a cabeça para a mesa de cabeceira, olha para o relógio, que marca sete horas da manhã do dia vinte.
Yahiko_ São sete horas...O QUÊÊÊÊ??? SETE HORAS?? TÔ ATRASADO PRA CARAMBA!!
Instantâneamente ele tenta levantar-se da cama, mas se enrosca no cobertor e cai no chão, no entanto se levanta rapidamente, desce as escadas num pulo só, vai à cozinha, e enquanto tenta desfazer os emaranhados dos cadarços do tênis com uma das mãos, com a outra, prepara sua merenda e a embrulha um saco de papel, e vai embora, mas volta, porque esqueceu-o em cima da mesa.
Quando finalmente pega seu lanche, ele escorrega no piso, e ao fazer isso, o saco de papel esbarra numa faca de lâmina lisa, fazendo-a cair e perfurar o peito de Yahiko do lado direito, ajoelhado, levanta-se meio cambaleante.
Ele grita de dor, e mesmo que a ferida não fosse profundamente, seus problemas de saúde o impediam de não sofrer danos mais graves, a hemorragia se intensifica muito, dando a ele poucas esperanças de sobreviver, Yahiko cai no chão, e sussurra:
_ Logo hoje...
A imagem de Yahiko caido se dispersa.
Um branco toma conta da cena, e de uma estática disforme, surge uma figura, uma pessoa minuscula, de braços compridos de dedos curtos e grossos, eram quatro deles em cada mão, e aos poucos, quando dá pra entender melhor o que é, vê-se que é um broche, que tem como arma um alfinete com um cabo de espada (meio palito de fósforo amarrado).
Broche_ Ei! Psiu, acorda garoto!
Yahiko abre pouco os olhos e olha para o pequeno ser e percebe que está sem suas roupas.
Broche (acenando)_ Olá.
Yahiko (ainda deitado)_ Quem, ou melhor, o quê é você?
Broche_ Ah, sim! meu nome é Key.
Yahiko_ E onde estão minhas roupas?
Key_ Bem, aqui neste lugar não são permitidas roupas do mundo dos vivos.
Yahiko toma um susto, e diz:
_ O quê? Você quer dizer que...
Key (interrompendo a fala de Yahiko)_ Sim, você está morto!
Yahiko (com desdém)_ E desde quando eu tô morto? Isso deve ser uma daquelas situações de ter um sonho dentro do outro! Me fala, a que horas eu morri mesmo?
Key_ Exatamente ás quatro e meia da manhã.
Yahiko_ O quê, como assim?
FIM DO 2º CAPÍTULO
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